A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença ocular que afeta a parte central da retina, chamada mácula, responsável pela visão de detalhes e cores.  

A DMRI pode causar perda progressiva da visão central, dificultando atividades como ler, escrever, dirigir e reconhecer rostos. 

A Degeneração Macular é a principal causa de cegueira parcial após os 60 anos, e estima-se que cerca de 100 mil casos se desenvolvam a cada ano no Brasil.  

Embora não leve à cegueira total, a DMRI compromete significativamente a visão dos pacientes idosos, impossibilitando a execução de suas atividades diárias e prejudicando bastante a qualidade de vida. 

Tipos de DMRI e seus sintomas 

A DMRI pode ser classificada em dois tipos: seca e úmida. 

DMRI seca 

A DMRI seca é o tipo mais comum, correspondendo a cerca de 80% dos casos. Nela, ocorre um afinamento progressivo da mácula e um acúmulo de resíduos chamados drusas. Tem evolução lenta e gradual, e pode permanecer estável por anos. 

Os sintomas da DMRI tipo seca incluem: 

• Perda da visão central em um ou ambos os olhos. 
• Visão distorcida ou embaçada. 
• Dificuldade para ver objetos com nitidez. 
• Diminuição da intensidade das cores. 
• Necessidade de mais luz para ler. 

DMRI úmida 

A DMRI úmida é o tipo mais grave, correspondendo a cerca de 20% dos casos. Nela, ocorre o crescimento anormal de vasos sanguíneos sob a mácula, que podem vazar sangue e fluido. A DMRI úmida tem uma evolução rápida e agressiva, podendo levar à perda severa da visão em poucos meses. 

Os sintomas da DMRI tipo úmida incluem: 

• Perda súbita da visão central em um ou ambos os olhos. 
• Visão distorcida ou embaçada. 
• Presença de uma mancha escura ou borrão no centro da visão. 
• Alteração na percepção do tamanho e forma dos objetos. 

Abordagens de tratamento inovadoras para a DMRI 

O tratamento da DMRI depende do tipo e do estágio da doença. Infelizmente, não há cura para a DMRI, mas existem abordagens de tratamento inovadoras que podem retardar a progressão da doença, preservar a visão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Injeção intravítrea de medicamentos anti-VEGF 

A injeção intravítrea de medicamentos anti-VEGF é um dos tratamentos mais inovadores e eficazes para a DMRI úmida. Esses medicamentos atuam bloqueando o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que é uma substância responsável pelo desenvolvimento dos vasos sanguíneos anormais na mácula. 

Ao bloquear o VEGF, os medicamentos anti-VEGF conseguem reduzir o vazamento de sangue e fluido, estabilizar ou melhorar a visão e impedir a progressão da doença. 

A injeção intravítrea de medicamentos anti-VEGF é realizada em centro cirúrgico oftalmológico, sob anestesia local. O procedimento é rápido e seguro, mas requer cuidados pós-operatórios e acompanhamento regular do oftalmologista. 

A frequência e a duração das injeções dependem da resposta de cada paciente ao tratamento, mas geralmente são necessárias várias aplicações ao longo dos meses ou anos. 

Fotobiomodulação com luz de baixa intensidade 

Recentemente estamos vendo a chegada no Brasil de um dispositivo médico de ponta e não invasivo, que utiliza fotobiomodulação (com luz de baixa intensidade) para tratar pacientes com DMRI seca. 

A luz de baixa intensidade faz a estimulação das mitocôndrias presentes nas células da retina, ajudando a reduzir os danos oxidativos e inflamações celulares, além de estimular a regeneração dos tecidos. 

Este é um tratamento não-invasivo, onde não há necessidade de sedação ou anestesia, sendo de simples realização. 

Cirurgia fotodinâmica 

A cirurgia fotodinâmica é outra opção de tratamento para a DMRI úmida, que pode ser usada isoladamente ou em combinação com os medicamentos anti-VEGF.  

Esse procedimento consiste na aplicação de um medicamento chamado verteporfina na veia do braço, seguida da exposição da mácula a um laser de baixa potência. 

O objetivo da cirurgia fotodinâmica é fechar os vasos sanguíneos anormais na mácula, reduzindo o vazamento de sangue e fluido e preservando a visão. 

A cirurgia fotodinâmica é realizada no consultório médico, sob anestesia local. O procedimento dura cerca de 20 minutos e pode ser repetido a cada três meses, se necessário. 

Quem procurar para realizar tratamento da DMRI? 

Além destes tratamentos, também pode ser indicado o uso de outros medicamentos e até mesmo a suplementação através de vitaminas. 

No entanto, é importante frisar que é essencial o acompanhamento de um centro oftalmológico, composto por médicos especializados no tratamento deste tipo de doença, além de contar com ferramentas e espaços desenvolvidos especialmente para o público idoso. 

Afinal, a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença ocular grave e, embora não tenha cura, existem opções de tratamento inovadoras que podem retardar a progressão da doença, preservar a visão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

Por isso, se você tem mais de 50 anos ou apresenta algum dos sintomas da DMRI, agende sua consulta no Centro Oftalmológico Integrado – COI, para que possamos fazer um diagnóstico precoce, iniciar o tratamento e manter o acompanhamento adequado.