A Síndrome de Down (SD) ou Trissomia do Cromossomo 21, é um distúrbio de origem genética que acomete, no Brasil, 1 a cada 700 crianças nascidas. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o país tem cerca de 300 mil brasileiros com esta condição. Por conta das alterações genéticas, são comuns que existam problemas de visão. Alguns dados indicam que 50% das crianças com Down demonstram dificuldade para enxergar de longe e outras 20% para ver de perto.
Além disso, também são comuns problemas como canais lacrimais obstruídos, inflamações das margens das pálpebras (blefarite), nistagmo (que são oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos), estrabismo e catarata congênita.
A seguir, explicaremos melhor o que é a Síndrome de Down, as complicações que ela pode causar na saúde, além de mostrar os problemas de visão mais comuns e como tratá-los.
O que é a Síndrome de Down?
A Síndrome de Down (SD) é um distúrbio genético, que ocorre quando uma divisão celular anormal resulta em material genético extra no cromossomo 21. Enquanto a maior parte da população possui 46 cromossomos, portadores de SD têm 47, um a mais no vigésimo primeiro par.
A primeira descrição clínica dos sinais característicos da pessoa com trissomia 21 ocorreu em 1866, pelo pediatra inglês John Langdon Down que, inclusive, empresta seu sobrenome a esta síndrome. As pessoas com Síndrome de Down possuem deficiência intelectual, atrasos no desenvolvimento, além de diversos problemas oculares.
Principais problemas de visão em pessoas com Síndrome de Down
Por conta das mudanças genéticas, pessoas com Síndrome de Down têm mais riscos de apresentar problemas oculares. Por isso, é importante que desde a infância as crianças com SD sejam acompanhadas por médicos oftalmologistas, principalmente entre os 3 e 4 anos de idade, período em que as funções visuais ainda estão em desenvolvimento.
Dessa maneira, é possível identificar pequenas alterações e evitar que algumas doenças se desenvolvam e causem complicações futuras. A seguir, listamos os principais problemas de visão que podem ser encontrados em portadores de Down.
Ametropias
As ametropias são problemas relacionados à refração ocular.
Um olho que não possui a refração adequada, acaba produzindo imagens sem nitidez, causando vícios de refração, que são mais conhecidos como miopia, hipermetropia e astigmatismo.
Pesquisas recentes mostraram que o Astigmatismo está presente em 60% dos portadores de Síndrome de Down, enquanto a Hipermetropia atinge 26% e, por fim, a Miopia acomete 13%.
Estrabismo
Desalinhamento ocular, ou seja, os olhos não conseguem olhar para a mesma direção simultaneamente, causando visão dupla, dores de cabeça, baixa de visão conhecida por ambliopia e o desvio ocular.
Estima-se que 24% dos portadores de SD possuem estrabismo e, destes, cerca de 40% apresentam estrabismo convergente (quando o desvio ocular é para dentro ou convergente).
Isso pode estar associado a uma convergência acomodativa pela alta hipermetropia presente nesses pacientes. Usando óculos de grau correto é possível corrigir esse estrabismo.
Anomalia de íris
Caracterizada pelas manchas de Brushfield. Essas manchas acontecem em quase 40% dos pacientes com Síndrome de Down.
Blefarite
A Blefarite é a irritação da pálpebra rente aos cílios e está presente em quase 30% dos pacientes com Trissomia do Cromossomo 21. A Blefarite pode causar uma inflamação nos olhos, muitas vezes repetitiva, que pode prejudicar o aprendizado de crianças portadoras da síndrome.
Nistagmo
O Nistagmo é caracterizado por um leve tremor nos olhos, ocasionando perda de estabilidade e nitidez visual e, assim, gerando vertigem, , dor de cabeça, dificuldade em focalizar um objeto, torcicolo e desequilíbrio.
Geralmente, está relacionado a uma baixa acuidade visual ou a uma ambliopia.
Em alguns casos, é recomendada cirurgia para alterar a posição dos músculos oculares.
Obstrução das vias lacrimais
Alguns pacientes possuem obstruções de suas vias lacrimais e, por isso, podem sofrer com lacrimejamento excessivo, irritação e vermelhidão, inchaço nos cantos dos olhos, secreção ocular com ou sem pus e infecções oculares de repetição
Para corrigir tal obstrução pode ser recomendado o uso de colírios lubrificantes, massagens nos cantos dos olhos, sondagem das vias lacrimais e, em casos mais complexos, pode ser necessária a realização de cirurgia.
Alterações Retianas
Essas alterações podem estar relacionadas a altas miopias e estão presentes em 25% dos pacientes.
Catarata
A Catarata ocasiona a perda parcial ou total do cristalino (lente natural dos olhos), causando dificuldade para enxergar com nitidez e, além disso, é uma das maiores causas de cegueira.
O tratamento, neste caso, deve ser a cirurgia ocular.
Como realizar um tratamento seguro?
As alterações genéticas causadas pela Síndrome de Down levando a sérios problemas oculares, exigem atendimento médico oftalmológico especializado.
Se você quer ter segurança e o acompanhamento dos melhores médicos especialistas, venha até o Centro Oftalmológico Integrado (COI). O COI possui equipamentos de ponta para diagnóstico e tratamento de diversas doenças oculares, bem como para avaliação e acompanhamento de pacientes com Síndrome de Down.
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