plástica ocular

O que é e quais são os casos da plástica ocular?

Elas vão desde a retirada do excesso de pele nas pálpebras até desobstrução de vias lacrimais, contemplando questões de saúde e estética 

Você já deve ter ouvido falar que os olhos são o espelho da alma e por eles são transmitidas emoções como alegria e tristeza, e também o aspecto de cansaço, facilmente revelado por meio do olhar. O que talvez você não saiba é que pode procurar um oftalmologista para deixar a região dos olhos mais viçosa, amenizando marcas de expressão ou reparando incômodos visuais, por meio da chamada plástica ocular, que atrai cada vez mais interessados no rejuvenescimento da região. 

Há diversos tipos de procedimentos inseridos no escopo da cirurgia plástica ocular. Geralmente a indicação é para tratar patologias ou anomalias que causam malefícios aos olhos e visão. Contudo, o procedimento também é recomendado para fins estéticos.  

Mas quais são e o que são as alterações tratadas pela plástica ocular? Veremos a seguir. 

O que é a plástica ocular? 

 Plástica ocular é uma especialidade dentro da oftalmologia que busca amenizar algum incomodo estético ou reparar problemas relativos às pálpebras, ao sistema lacrimal e às órbitas dos olhos. Essas são, aliás, as estruturas que sustentam e protegem os olhos. Para entender um pouco mais: 

  • Pálpebras: elas são as responsáveis por distribuir as lágrimas pela superfície dos olhos, além de proteger o globo ocular da luz e dos traumas oculares. As lágrimas lavam os detritos e são drenadas para o nariz por meio de duas pequenas aberturas de drenagem no canto interno das pálpebras superiores e inferiores. 
  • Vias lacrimais: por elas as lágrimas são encaminhadas para o nariz. Se houver alguma obstrução em alguma delas, há um problema. 
  • Órbitas: são as cavidades ósseas onde fica o globo ocular, além de alguns músculos extraoculares e gordura entre outros anexos.

Na maioria dos casos a cirurgia é minimamente invasiva e muito indicada para o rejuvenescimento facial. Mas, as cirurgias de plástica ocular não se referem apenas a questões estéticas, como veremos mais adiante. Até podem ter essa finalidade, mas em sua maioria contemplam a saúde ocular e a boa visão.  

São cirurgias reparadoras, como a blefaroplastia para retirada de excesso de pele e gordura nas pálpebras, o reposicionamento palpebral e do supercílio (sobrancelha), reparação de ptose e cirurgia de canal lacrimal, só para citar algumas. 

Qual profissional pode realizar cirurgias oculares? 

O médico responsável pela operação é o cirurgião oculoplástico, médico oftalmologista com especialização em plástica das pálpebras, sistemas lacrimal, órbita e áreas anexas. Para estar apto às cirurgias, esses profissionais se preparam por um longo período.  

Além do período de formação em medicina (que leva cerca de seis anos), há ainda a residência em oftalmologia (três anos) e treinamento específico em cirurgia plástica ocular (dois anos em média) para se tornar um médico cirurgião oculoplástico. 

A blefaroplastia está indicada para homens e mulheres que possuam: 

  • Excesso de gordura depositada nas pálpebras superiores ou inferiores; 
  • Flacidez que incomoda o contorno da pálpebra, por vezes prejudicando a visão; 
  • Excesso de pele e rugas finas; 
  • Pálpebras caídas. 

O excesso de pele e bolsas de gordura nas pálpebras superiores e inferiores pode ser um problema hereditário ou, na maioria dos casos, um reflexo do envelhecimento. São as pálpebras com pele em excesso ou aquelas bolsas de gordura que se acumulam nas inferiores. 

Pacientes que fumam, por exemplo, possuem mais chances de apresentarem esse tipo de problema mais cedo. A blefaroplastia é a cirurgia adequada, mas quem quiser evitá-la ao máximo, seguem alguns conselhos: 

  • use óculos solares adequados para proteger bem a região 
  • tenha uma alimentação saudável 
  • evite fumar 

Mas, além da blefaroplastia, existem outras procedimentos cirúrgicos de plástica ocular, para correção de diferentes problemas. Listamos alguns a seguir: 

  1. Ptose

Caracteriza-se pelas pálpebras superiores caídas. Esse problema pode ser congênito ou “adquirido”. Neste caso, essa “aquisição” se dá pelo envelhecimento da pele e de outras estruturas da pálpebra. Outras causas seriam os traumas, doenças neurológicas ou degenerativas que também podem ser a causa de ptose. Por essa razão, é sempre indicado procurar um profissional especializado.  

  1. Entrópio

Imagine as pálpebras estarem viradas para dentro, fazendo com que os cílios raspem frequentemente a superfície do olho. Esse caso é o entrópio que, além do desconforto, pode levar o paciente a ter cicatrizes e até a perda de visão. 

  1. Ectrópio

Aqui, é ao contrário do entrópio: as pálpebras estão “viradas” para fora, expondo a córnea. Os resultados são fáceis de identificar: essa exposição propicia inflamações frequentes e dores. 

  1. Triquíase

É quando alguns cílios nascem com direções anômalas, atingindo o globo ocular. Isso gera desconforto. 

  1. Lagoftalmo

Você já deve ter ouvido falar que os coelhos ou lebres dormem com os olhos abertos. Trata-se de uma história de origem grega (“lagos” eram lebres no idioma de Aristóteles) e ela foi usada, juntamente com os animais lagomorfos, para explicar esse problema.

Voltando aos olhos humanos, este é o caso em que as pálpebras superiores não se fecham completamente. Mais uma vez, temos a exposição da superfície do globo ocular, gerando desconfortos, vermelhidão entre outros fatores, devido à má lubrificação do local. Entre as possíveis causas temos desde questões relativas a infecções, traumas ou sequelas de procedimentos cirúrgicos, problemas neurológicos etc. 

  1. Tumores 

Tumores benignos ou malignos que aparecem nas pálpebras. Eles devem ser identificados precocemente, e a localização dele é um fator importante para o sucesso deste caso. Os tumores benignos são mais frequentes, mas quando surge um maligno, o carcinoma baso-celular é o mais detectado.

Nesse contexto a plástica ocular atua na remoção do tumor e reconstrução da pálpebra. Esse procedimento é importante por devolver a função da pálpebra, que é proteger os olhos. 

  1. Obstruções das vias lacrimais

Se aqueles canais ou dutos que levam as lágrimas para o nariz estiverem obstruídas, haverá um acúmulo de lágrimas nas pálpebras. Isso pode ser percebido pelo inchaço delas e pelo constante lacrimejamento. Em alguns casos, uma secreção amarelada pode aparecer e “colar” as pálpebras. Esse lacrimejamento involuntário e constante leva o nome de epífora. 

  1. Pterígio

Imagine que uma espécie de triângulo começa a se formar em seu olho. Pode ser da parte “externa” (ou temporal) ou “interna” (próxima do nariz) em direção à córnea. É de um tom avermelhado e de natureza fibrovascular. Essa é a descrição do pterígio, que não é um problema infeccioso.
Alguns especialistas e estudos relacionam-no à exposição frequente (e muito frequente por horas e horas) ao sol. Ambientes com muita poeira e secos também contribuem para isso. Mais uma vez, use sempre óculos solares adequados! 

  1. Epibléfaro

Comumente associado a pessoas de ascendência oriental. É uma dobra horizontal que fica bem próxima da margem da pálpebra inferior. Isso faz com que os cílios cresçam verticalmente – entrando em contato com o globo ocular. Com o crescimento da criança, esse problema vai desaparecendo. Mas em alguns casos pode causar lacrimejamento contínuo – o que pode levar a um diagnóstico equivocado como obstrução congênita das vias lacrimais. 

Cuidados no pós-operatório 

Para quem passou ou vai passar por uma cirurgia plástica ocular é importante ficar atento a alguns cuidados básicos: 

  • Fazer compressas geladas nos três primeiros dias ajudam a diminuir o inchaço, minimizam o desconforto e o risco de sangramento. 
  • Nunca deixe de seguir a medicação prescrita pelo médico oftalmologista.
  • Lave sempre a mão antes de fazer qualquer contato com a área operada, todo o cuidado é pouco com a ferida cirúrgica. 
  • Repouso é importante, procure seguir as orientações do médico. Somente ele é capaz de avaliar se a pessoa pode fazer alguma atividade física e quanto tempo depois da cirurgia. 
  • Não se preocupe com maquiagem depois da cirurgia, aliás, não se maquie até liberação por parte do médico. 

Como você pode observar, a plástica ocular engloba uma série de procedimentos. Se você está pensando em procurar por alguns desses tratamentos, no COI você encontra uma estrutura completa para cuidar da sua visão com consultas, exames e cirurgias. Agende sua consulta. 

Revisão médica: Dr. Celso Lopez

Médico oftalmologista

CRM 75275

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